No mês de setembro nossos estudos no HTPC, foram sobre avaliação na educação infantil (Portfólio). Primeiramente iniciamos com uma leitura reflexiva, texto Você é águia ou galinha? com objetivo de levar o grupo a refletir sobre a importância de inovar na prática pedagógica tanto vida pessoal. Após leitura assistimos um vídeo com foco na atenção e assim refletimos sobre a avaliação: Será que estamos atentos a tudo e a todos?? Como avaliamos destaques e crianças com dificuldades? Estudamos a importância do instrumento de avaliação e finalizamos com a leitura: Abelha Chocolateira refletindo sobre as especifidades de cada criança e suas necessidades a considerar.
PAUTA HTPC - SETEMBRO
CÁRITAS SÃO PEDRO APÓSTOLO
TABOÃO DA SERRA
Pauta
de H.T.P. C
Escola: PAC
Nossa Senhora das Graças
Coordenadora
Pedagógica: Verônica Mesquita Santana
Público
Alvo: ADI’s e Professores
Data
Prevista: Setembro de 2012.
“A espécie humana sobreviverá se soubermos
ensinar a criança a respeitar a natureza e a conservar o ambiente propício à
vida.” (ANI).
Conteúdos: Avaliação na Educação Infantil (Portfólio)Objetivos:
Compreender a importância da avaliação na educação infantil.
Desenvolvimento:
1. Momento: Leitura: Você é
águia ou galinha? (Reflexão: Inovação).
2. Momento: Vídeo: Teste de atenção.
(Reflexão sobre avaliação)
3. Momento:
Montar
grupos para responder algumas perguntas, referentes ao portfólio.
4. Momento: Leitura: Portfólio
para avaliação. Fonte: nova escola
5. Momento: Leitura: A Abelha Chocolateira. (Especificidades
de cada criança – Olhar para avaliação formativa).
6.
7. Momento: Sugestões para
montagem dos portfólios: Estrutura
8. Momento: Vídeo: “Como
realizar a escolha das atividades para inserir no portfólio”. (Anglo Morumbi)
9. Momento: Dinâmica: Estilos de comunicação. (Perfil do
Grupo).
PAC NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - HTPC
10/09/2012
Coordenadora pedagógica: Verônica Mesquita Santana
Portfólios para avaliação
Os professores podem fazer portfólio por aluno e por turma, contendo as
atividades cotidianas ou de um projeto específico. As pastas podem ser
arrumadas por área de conhecimento, conteúdos ou períodos. Esse instrumento de
avaliação é comum na Educação Infantil, mas raramente é feito no Ensino
Fundamental, apesar de ser o que melhor demonstra a trajetória de aprendizagem
do estudante.
As pastas da turma toda, com as produções mais significativas, proporcionam uma
visão ampla do que foi realizado em sala e devem ser guardadas pela escola para
que os professores conheçam exatamente o que foi trabalhado no ano anterior
pelo colega. "Só dessa maneira é possível dar continuidade ao processo de
ensino e aprendizagem", explica Débora Rana, coordenadora da Escola
Projeto Vida e formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Os portfólios individuais precisam conter as atividades que mostrem os
avanços de cada aluno (para antever o que precisa ser trabalhado na sequência).
O segredo é recolher material durante todo o ano e não só num período
específico. Como é muito difícil armazenar tudo, um bom critério é ficar com as
produções que mostrem a evolução na aprendizagem e o avanço dos estudantes.
Elisete Gomes da Silva Luttzolff, coordenadora pedagógica da EE Victor Civita,
em Guarulhos, na Grande São Paulo, orienta os docentes a começar guardando a
avaliação diagnóstica inicial: "Ela serve para afinar o planejamento de
acordo com as necessidades da criança".
Benigna Maria de Freitas Villas Boas, professora da Universidade de Brasília
(UnB), recomenda que os professores incentivem os estudantes a conquistar
autonomia a partir dos 3 anos, deixando-os escolher as atividades que comporão
a pasta, mas orientando a reconhecer o que é mais relevante.
Outro documento que pode constar do portfólio (ou ser usado separadamente) são
os relatórios.
Para não esquecer nada
Há três tipos de registro: notas, pautas de observação e diários de classe. As
notas são anotações curtas feitas pelo professor durante a aula - perguntas e
dúvidas levantadas pela garotada, conteúdos a pesquisar etc. São ótimas para
lembrar o que colocar nos próximos planejamentos, nos relatórios e na
avaliação.
Os diários de aula são narrativas do que aconteceu em classe. O modelo deve
seguir o dos diários pessoais, com reflexões sobre o planejamento e as
necessidades dos alunos. Esse tipo de registro também é responsabilidade dos
professores, mas não é fácil fazer. O maior problema é se acostumar a realizar
descrições detalhadas, sem julgamentos de valor. Fernanda sugere que os
coordenadores conversem com a equipe para que esses diários sejam feitos como
se conta uma história: "Em vez de anotar apenas que os alunos ficaram
envolvidos numa atividade, estimule os a anotar os detalhes: se fizeram
silêncio, formularam perguntas (e quais) e cumpriram todas as etapas da
proposta, por exemplo,".
TIPO
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O QUE É
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PARA QUE SERVE
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COMO USAR
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Portfólios
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Pasta com amostras do trabalho das
crianças, como atividades, relatórios, desenhos, fotos, vídeos e registros
sonoros.
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Avaliar continuamente a trajetória de
cada aluno e de uma turma, dentro de um projeto específico ou ao longo do
ano.
|
Analisar os problemas de ensino que
aparecem nas produções da turma e procurar maneiras de resolvê-los.
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Registro de classe
|
Notas, pautas de observação e diários
de classe.
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Registrar e acompanhar diariamente as
atividades de ensino e a evolução dos alunos.
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Refletir sobre a prática pedagógica
com base nas dúvidas dos professores para ajustar práticas e encaminhamentos.
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Planejamento
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Sequências didáticas, planos de aula,
projetos didáticos e atividades permanentes.
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Organizar o planejamento anual e de
aulas para formar a memória do trabalho realizado no ano.
|
Antecipar os conteúdos que serão
ensinados e a interação dos alunos com eles durante o planejamento. Serve
também como banco de ideias de modalidades.
|
Qual é a
finalidade dos portfólios?
Portfólio é um conjunto organizado de trabalhos produzidos pelo
aluno ao longo de determinado período (o ano letivo, por exemplo). Quando bem
montada, essa coletânea se transforma em um excelente instrumento de avaliação.
Ela deve reunir as atividades que o estudante considera relevantes, escolhidas
depois de uma análise feita com a sua ajuda. O critério da escolha vale
lembrar, não pode ser apenas o da excelência. O que importa é selecionar
trabalhos que demonstrem a trajetória da aprendizagem.
O ideal é que o portfólio tenha a seguinte estrutura: introdução (apresentação do conteúdo), uma breve descrição de cada trabalho, as datas em que eles foram feitos, uma seção
de revisão com
reflexões da criança, uma autoavaliação e uma parte reservada aos seus
comentários.
Fonte: Revista eletrônica Nova Escola
Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA
Manual de Portfólio: um
Guia Passo a Passo para Professores, Elisabeth Shores e
Cathy Grace,
160 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 51 reais
Portfólio, Avaliação e
Trabalho Pedagógico, Benigna Maria de Freitas Villas Boas, 192
págs.,
Ed. Papirus, tel. (19) 3272-4500, 35,90 reais
Qualidade na Educação
para a Primeira Infância, Alan Pence, Gunilla Dahlberg e Peter
Moss, 264
págs., Ed. Artmed, 52 reais
Virando a Escola do
Avesso por Meio da Avaliação, Benigna Maria de Freitas Villas
Boas, 144
págs., Ed. Papirus, 32,90 reais]
Leitura
A abelha
chocolateira
Era uma vez uma abelha que não sabia fazer mel.
- Mas você é uma operária! - gritava a rainha - Tem
que aprender.
Na colméia havia umas 50 mil abelhas e Anita era a
única com esse problema. Ela se esforçava muito, muito mesmo. Mas nada de
mel...
Todos os dias, bem cedinho, saía atrás das flores de
laranjeira, que ficavam nas árvores espalhadas pelo pomar. Com sua língua
comprida, ela lambia as flores e levava seu néctar na boca. O corpinho miúdo
ficava cheio de pólen, que ela carregava e largava, de flor em flor, de árvore
em árvore.
Anita fazia tudo direitinho. Chegava à colméia
carregada de néctar para produzir o mais gostoso e esperado mel e nada! Mas um
dia ela chegou em casa e de sua língua saiu algo muito escuro.
- Que mel mais espesso e marrom... - gritaram suas
colegas operárias.
- Iac, que nojo! - esbravejaram os zangões.
Todo mundo sabe que os zangões se zangam à toa, mas
aquela história estava ficando feia demais. Em vez de mel, Anita estava
produzindo algo doce, mas muito estranho.
- Ela deve ser expulsa da colméia! - gritavam os
zangões.
- É horrorosa, um desgosto para a raça! - diziam
outros ainda.
Todas as abelhas começaram a zumbir e a zombar da
pobre Anita. A única que ficou ao lado dela foi Beatriz, uma abelha mais velha
e sábia.
Um belo dia, um menino viu aquele mel escuro e grosso
sobre as plantas próximas da colméia, que Anita tinha rejeitado de vergonha.
Passou o dedo, experimentou e, surpreso, disse:
- Que delícia. Esse é o mais saboroso chocolate que
eu já provei na vida!
- Chocolate? Alguém disse chocolate? - indagou a rainha,
que sabia que o chocolate vinha de uma fruta, o cacau, e não de uma abelha.
Era mesmo um tipo de chocolate diferente, original,
animal, feito pela abelha Anita, ora essa, por que não...
Nesse momento, Anita, que ouvia tudo, esboçou um
tímido sorriso. Beatriz, que também estava ali, deu-lhe uma piscadela,
indicando que tinha tido uma idéia brilhante.
No dia seguinte, lá se foram Anita e Beatriz
iniciar uma parceria incrível: fundaram uma fábrica de pão de mel, juntando o
talento das duas para produzir uma deliciosa combinação de mel com chocolate.
Moral da história: as diferenças e riquezas
pessoais, que existem em cada um de nós, são singulares e devem ser
respeitadas.
Fábula de Katia
Canton*, ilustrada por ionit
*com idéia de João Roberto Monteiro da Silva
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